SOFRO EM SILÊNCIO

Ontem (quinta-feira) eu dormi pensando “amanhã é dia de desejar um bom final de semana” para os meus seguidores e hoje quando acordei, percebi (claramente) que estou amando a ideia de dar uma dica especial TODAS as sextas!

É MESMO delicioso, quando compartilhamos um pensamento com a “intenção” de somar na vida de outras pessoas, né?! Amotudoissox2 MESMO!

Hoje quero falar sobre “sofrer em silêncio”, pois acho que é um tema que muitas pessoas conhecem… Ou já passaram por uma situação silenciosa como esta ou estão passando e este sofrimento “quase” velado é realmente algo que dói. Apesar de muitas pessoas não compreenderem esta dor invisível, algumas pessoas relatam que ela pode se tornar física e forte rapidamente.

Sofrer em silêncio pode ter várias origens! Alguns sofrem por um amor não correspondido, outros por uma rejeição, muitos apenas se calam, sofrem, choram em silêncio no quarto madrugada a dentro por não terem coragem de tomar uma decisão.

Há pouco tempo recebi uma paciente, professora de línguas, 52 anos e a sua queixa principal era “angústia”. Ela passava a mão no peito, fazendo círculos com a mão enquanto dizia: “Sinto algo aqui dentro que parece que quer sair e não consegue, nem sei bem o que é, mas nestes momentos sinto-me sufocada, falta-me o ar e chego a perder a realidade de onde estou”.

Com as perguntas certas (é claro), ela logo começou a “tomar consciência” do que estava falando e identificamos como estavam sendo (para ela) angustiante os últimos anos de casamento. Ela dizia que esta convivência “já” era uma espécie de compartilhar a mesma casa por causa da filha de 13 anos.

Os olhos chegavam a brilhar quando ela falava que tudo que queria era viajar, respirar outros ares, conhecer lugares diferentes e beber um café em qualquer esplanada da Europa.

Ficou em silêncio por 8 anos, assistiu 3 palestras minhas, um seminário e mesmo assim demorou 10 meses para marcar aquela consulta! Preferiu (sofrer) em silêncio todo este tempo.

Eu já sofri em silêncio há muitos anos atrás. Eu era muito novinho, primeiro casamento, penso que eu tinha uns 17 anos e tudo que fazia era morder a mão. Não sabia com quem falar e muito menos sobre o que falar. E sofri…. Até o dia que despertei, desabafei e descobri que não tinha que ficar calado, nem casado para o resto da minha vida.

São muitos tipos de sofrimentos silenciosos…Porém penso que todos eles sem nenhuma exceção têm solução!

Desejo que encontre solução “se” estiver passando por este silencioso sofrimento! Desejo também que ajude “se” encontrar alguém que passa por isso… Estas pessoas muitas vezes precisam de um bom par de ouvidos para ouvi-las.

Às vezes não precisamos ser terapeutas, precisamos ser amigos, ser humanos!

Bom final de semana!!!!! Até a próxima sexta-feira!!!