Persistir ou Desistir?

Claro que apenas lendo esta simples pergunta a maioria das pessoas tende a responder “Persistir”, pois seria o mais lógico! Continuarmos, fazermos acontecer, nos mantermos dentro da ação, porém (na minha opinião) na prática “a” teoria é outra e deixa de ser tão simples para muitas vezes se tornar complexa, pois persistir implica em uma série de situações que para alguns parecem impossíveis e para outros completamente novas e impossíveis também.

Persistir, com absoluta certeza, é ficar exposto, permanecer fora da zona de conforto, é experimentar coisas novas (tem pessoas que odeiam o novo), é estar em constante movimento, se adaptando entre um resultado menos bom e um excelente. Persistir pra mim (Eric Pereira) é estar sempre alerta para aceitar desafios, recusar e também dizer alguns nãos diante de distrações e acredito que persistir é ter consciência que temos um preço para pagar por tudo e nem sempre este “preço” é barato … e na maioria das vezes ele não é pago com “dinheiro”.

Quando estou com um cliente em uma sessão de coaching, mentoring ou até mesmo de hipnoterapia e começamos a falar sobre o poder da “persistência” e da maldição da “desistência”, grande parte deles depois de (compreender) a questão, diz que desiste porque não consegue continuar quando tudo está dando errado e o interessante é que eles não percebem que para tudo é preciso um processo e dentro deste processo existem outros importantes processos que precisam ser executados antes para depois conseguirmos atingir os resultados que realmente desejamos.

Compliquei a explicação? Espero que não!

Quando acompanhava jovens atletas para competirem nos EUA, aprendi uma importante lição! Eles precisavam treinar muito para uma importante competição e no início com pouca experiência no ténis, via-os batendo na bolinha por horas e achava aquilo mesmo cansativo e durante semanas e meses estive com eles trabalhando a parte mental e na nossa primeira competição em Miami percebi que tudo o que eles treinaram no ginásio, nas quadras, nas salas de aula e comigo em consultório era colocado na prova, em uma partida decisiva que indicaria se eles avançavam ou voltavam pra casa.

Estamos falando de 11 meses de treino físico e mental, de pequenas competições onde eles perdiam várias vezes, mas não desistiam, não enxergavam aquelas perdas como derrotas, mas como oportunidade de perceber como corrigir os seus erros, de como aprimorar a sua técnica e até mesmo treinar mais uma vez para uma única partida anual.

Já li uma matéria de um atleta que trabalhou mentalmente e fisicamente por 4 anos consecutivos para melhorar alguns segundos no seu tempo e poder bater um novo record mundial e você aí desiste no primeiro obstáculo que enxerga?

A grande diferença de uma pessoa que possui resultados extraordinários para uma que vive na montanha russa entre resultados péssimos e resultados mais ou menos, está justamente no que uma faz e a outra não! O grupinho que desiste e recomeça e desiste e recomeça, não sabe o que significa disciplina, consistência e aos poucos elas se tornam viciados na “adrenalina” do quase consegui…. Quase… Mas…. vou tentar este atalho aqui que me levará ao sucesso e depois aquele ali e nunca, jamais evoluem!

Um estudo credível e profundo aponta que jogadores compulsivos não sentem o MAIOR prazer na hora que ganham, mas justamente quando q.u.a.s.e ganham! E quando a máquina dá o número 77 e o terceiro quase vem e…… aparece um limão é que eles ficaram eufóricos, sentem uma série de efeitos e reações e se motivam para continuarem ali apostando até perderem tudo e se sentirem mal e irem para o último lugar na fila dos fracassados.

Os que desistem muitas vezes não enxergam seus fracassos e danos colaterais porque logo arrumam uma maneira de recomeçarem, então vivem num loop de pára e recomeça e pára e recomeça, que não focam na “desistência” em si! Compreendeu?

Por alguns minutos faça uma reflexão mais profunda, por favor! Pare de fugir desta análise, olhe para a sua vida e perceba o que realmente vem fazendo com ela – Olhe com atenção, sem desculpas, sem tretas, sem histórias bonitinhas, sem justificativas mágicas e perceba se tem realmente construído uma vida ou se passa a maior parte do tempo brincando de construir.

Nestes 20 anos utilizando a hipnose como ferramenta terapêutica e tendo a oportunidade de atender milhares de pessoas, algo ficou muito claro na minha mente e na minha vida – Muitas pessoas vivem apenas uma pequena projeção do que realmente é a vida! Vivem pulando de ilusão em ilusão, de um flash para outro, alguns brincando de casinha, mas não de casamento, outros brincando de negócios, mas não são empresários e grande parte apenas vivendo na sombra do que projetam que realmente são, mas infelizmente e por centenas de motivos não o são.

E ainda digo mais – Muitas destas pessoas nem são tristes, nem são felizes, apenas são o que são, pois elas não possuem consciência para determinar um resultado tão importante como “SER”… Passam a maior parte do tempo na ilusão do “TER” e isso as limita a enxergar o real significado de uma vida plena, consciente e feliz.

Então por todos estes motivos aqui expostos e talvez, mais alguns, por favor, pense um pouco mais sobre persistir, escreva em grande onde possa ler a palavra PERSISTÊNCIA e risque do seu livro da vida a palavra desistir e entre estas ações e pensamentos, entre estes momentos mais mentais e racionais, lembre-se de ser também espiritual, de esvaziar, de desacelerar e deixar que algumas coisas apenas sejam….

Aprendi que persistir é também acreditar no SER!

Até a próxima e ZERO DESCULPAS, ok?

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