Hoje estou cheio de dúvidas

Contribuição|Pense Bem|Apenas mais uma Reflexão|Eric Pereira

Estava pensando em escrever sobre ansiedade e comecei a escrever sobre lealdade, mas quando percebi, vi que estava mais focado se deveria ou não marcar uma reunião para hoje, quando o telefone tocou. Só depois de uns 15 minutos lembrei que estava aqui escrevendo, pois, na verdade eu não estava, né? Eu estava no telefone, mas agora estou aqui.

Claro que este primeiro parágrafo foi apenas uma ilustração da contribuição que desejo trazer nesta segunda-feira, pois logo cedo estava mesmo pensando na dúvida e tê-la não é nada bom, pelo menos na maioria dos casos.

Não quero dizer que devemos ter certeza de tudo a todo o tempo, longe disso, mas viver em dúvida, viver em cima do muro é uma situação MESMO complicada, posso arriscar em dizer que perigosa e por favor compreenda o “perigosa” nesta frase – Perigosa, porque é a tal situação que não soma em nossa vida, não nos ajuda em nosso processo de evolução e pior (Na minha opinião), ela rouba o que tenho de mais precioso “O Tempo!”

Não vou fazer mais um longo discurso sobre a moeda mais preciosa (O Tempo!), mas a dúvida nos faz recuar ou na maioria das vezes nos faz ficar onde estamos por horas, dias, meses e nos impede de tomar decisões extremamente importantes, por medo de errar ou de fazer a escolha “menos” boa.

Imagina uma pessoa que deseja se inscrever no curso de medicina, mas lá no fundo de sua alma tem uma queda pela engenharia? Aí ela fala com as pessoas, procura entender o melhor curso, e na dúvida deixa o tempo passar para decidir no próximo ano! Uauuu… São 365 dias para o próximo ano. E ela ainda corre o risco de se perder durante este recesso para pensar “melhor” e pode se desviar e, talvez “só talvez”, abandonar as duas opções. Nem estou dizendo que é ruim, pois apenas ela pode saber.

Atendi uma pessoa que sabia que seu casamento tinha chegado ao fim, mas ele tinha 4 filhos e mesmo assim sofreu durante 6 anos, entre brigas e discussões. Me contou que muitas vezes as crianças viam tudo e se sentiam muito mal com tudo aquilo, mas ele tinha dúvidas de sair de casa e foi “arrastando” aquela situação doentia. Ele era traído e traia, eles brigavam, se amavam e se odiavam, até que depois de 10 sessões de hipnoterapia, ele finalmente decidiu se separar. É claro que foi no início uma complicação, um desafio grande, pois ele não estava acostumado a ficar longe dos filhos e estar sozinho.
Porém, estivemos juntos em um congresso depois de uns 8 anos e ele “ainda” emocionado, me disse que foi a melhor decisão e depois DESTA, percebeu que estava sempre tomando decisões e algumas corriam muito bem e outras nem tanto, mas mesmo assim, ele aprendeu a conviver com o resultado de suas escolhas e pronto.
Tomamos decisões a todo tempo, porém a maioria delas parecem irrelevantes, como café ou café com leite? Camisa preta ou branca? Peixe ou frango? E existem aquelas que realmente são de extrema importância e podem SIM, causar uma grande diferença em nossa vida, na das pessoas mais próximas e “até” atingir as mais distantes.
O facto é que “eu penso” e deixo claro que é meu pensamento, que viver na duvida não tem nada de sadio e pode trazer consequências piores, pode adoecer uma pessoa, pode causar stress, pode uma série de coisas e não vejo nenhuma vantagem em ficar em cima do muro, até porque o muro já tem dono!
Minha mensagem hoje é “SIMSIM/NÃONÃO” e claro que deve estudar, pensar, analisar, mas tomar sempre uma decisão. Sugiro que comece pelas mais desafiantes, pois elas é que têm o “poder” de nos arrastar para momentos tristes. Conheço pessoas que chegam a vomitar, a passar muito mal quando precisam tomar uma decisão e às vezes chego a pensar que é por este motivo que a maioria das pessoas deixa a decisão na mão de outras pessoas…
E se você “por acaso” for uma destas pessoas que acha que deixar as decisões nas mãos dos políticos, nas mãos do cônjuge, nas mãos dos pais ou dos melhores amigos, por favor, se for este tipo de pessoa – PARE DE RECLAMAR da vida! Pois se deixa outras pessoas decidirem por você, o resultado que vier deve ser aceite e em silêncio.
Agora, se acredita (Como Eu) que precisamos ser os donos de nossas decisões e também do que elas nos vão trazer, fico feliz, pois mais desafiantes ou menos, estarmos no controle de nossa vida edo nosso caminho