Spoiler – 104/365

Dicas Terapêuticas

Eu sei que ninguém gosta de um spoiler! Eu sei…

Porém a dica terapêutica de hoje é um spoiler e penso que já ouviu de outras pessoas também e MESMO assim insisto em lhe dizer, pois acho que se souber da maneira certa pode fazer uma diferença brutal na sua vida.

Antes de contar quero definir o significado da palavra “spoiler”, pois pode não saber e estar aí curioso. Eu soube há pouco tempo, então se não sabe nada deixe de se sentir fora do contexto, pois é perfeitamente normal.

Spoiler é uma palavra de origem inglesa e é quando uma fonte de informação, como um filme ou o final de um livro é revelado para alguém que ainda não sabe. É uma espécie de “estraga-prazeres” entende? No brasil tínhamos uma publicidade engraçada onde um menino saía do cinema saltitando e cantarolando: “O mocinho morre no finalll… O mocinho morre no final….”(risos).

Agora que já sabe, posso fazer o meu spoiler e espero que você esteja preparado! No final deste filme (sua vida), você vai morrer! Calma… Sei que você já sabia disso, porém seja sincero comigo por favor – Pensa mesmo nisso? 1 em cada 30 pessoas que pergunto dizem que sim e independente das justificativas destas pessoas o facto é que não pensamos que um dia vamos morrer e talvez por não enxergar com clareza o final do filme, vivemos o filme tão mal.

Quando converso com os meus clientes profundamente sobre isso, 100% deles ficam em silêncio e alguns até abrem os olhos e ficam pensativos sobre o assunto. Se olhar com atenção para a sua vida teve um dia que você veio para este mundo como o ator principal e logo foi ganhando consciência, recebeu o título de diretor e além de ser o ator/atriz principal ainda tinha em mãos a possibilidade de dirigir o seu próprio filme.

Eu fico pensando que nesta direção as pessoas (independente) do filme que escolheram, não se deram conta que vão morrer no final do filme e talvez, só talvez, por não se darem conta disso elas vivem como se fossem ter um final feliz! Leu bem o que eu escrevi? F.I.N.A.L F.E.L.I.Z. Tenho a sensação que aprendemos desde pequenos com as histórias infantis que tudo acaba com um final feliz e pensando desta maneira não vivemos uma vida feliz, esperamos é por um final feliz.
Antes de achar a minha teoria louca demais, continue lendo e deixe que a sua mente sábia ligue as informações e logo compreenderá o mergulho que estou propondo hoje nesta dica terapêutica.

Na maioria das histórias infantis ou filmes, os personagens principais passam por situações incríveis, e lutam contra os seus medos (monstros), às vezes são abandonados pela sua mãe ou até sofrem na mão daquela madrasta má. Acredito que já devem ter vindo cenas de alguns contos à sua mente e talvez comece a lembrar daquele filme que a menina sofreu o tempo inteiro e vivia doente, se sentia a feia da turma “até” que surgiu o seu príncipe encantado que lhe deu um beijo e logo eles foram felizes para sempre.

E no (felizes para sempre) acabou o filme e as letrinhas subindo… Algumas pessoas até choram no final destes filmes (Como eu por exemplo). Porém a questão aqui é que estamos nesta dica terapêutica falando do SEU FILME e no final que chora são as pessoas que te amam e as letrinhas não sobem….

Que tal mudarmos este roteiro agora!
E se hoje fosse aquele dia especial em que você reescrevesse o seu filme? E que você já soubesse que no final dele vai morrer, como seria todo o resto do filme? E se dividíssemos este filme por partes? Pode até ser uma série se assim desejar… No capítulo 1 pode perceber o quão importante é neste mundo! Pode enxergar (talvez) que em algum momento deixou de ser o ator/atriz principal e se tornou apenas num daqueles figurantes que passa pelo filme, mas nunca se destaca. Quem sabe decida assumir o papel principal de novo.

E se acrescentar no próximo capítulo uma pequena mudança de hábitos? Não sei… Talvez deixando os hábitos ruins de lado e acrescentando hábitos bons, como melhor alimentação, exercício físico e quem sabe aproveita e acrescenta nesta mudança de hábitos uma ótima leitura diária. Ehh, o que me diz? Parece bem, né?

Pode ser que à medida que vai alterando os capítulos perceba a subtil diferença do que é importante e o que damos importância. Por exemplo, pode descobrir que damos muita importância à opinião das outras pessoas, porém importante mesmo é podermos ter tempo de olhar nos olhos das pessoas que amamos e dizer “Eu te Amo!” Às vezes damos importância porque não recebemos um like no nosso comentário e o importante mesmo é aquele abraço cheio de boa energia que às vezes não recebemos por falta de tempo de estar com as pessoas que o possuem.

Se eu sei que vou morrer no final deste filme, me desculpem aqueles que pensam o contrário de mim, mas eu quero mesmo ser feliz agora, hoje, todos os dias! Quero colecionar mais momentos felizes do que tristes, quero estar mais comigo do que com qualquer outra pessoa, quero sentir-me, compreender porquê estou aqui, quero mergulhar dentro do (MEU) processo de vida e quem sabe compreender algumas coisas para ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo mergulho.

No dia que chegar o FIM do “MEU” filme, quero ir em paz, sabendo que deixei um legado para os meus filhos e que ele não é constituído apenas de uma boa conta bancária ou alguns imóveis. Quero mesmo que eles tenham valores, princípios para se apoiarem ao longo das suas vidas e possam contar aos meus netos que o seu avô era meio doido, mas sabia MESMO viver a vida!

Quero que pessoas possam falar de mim a outras pessoas e estas que nunca me viram, pensem: “Eu queria conhecer este cara!” Não para ser mais um para bater palmas para o que eu faço, mas para ser mais um a somar no processo de transformação e amor que tanto busco na minha vida neste momento.

Não sei você, mas eu quero reclamar menos a cada dia, quero apontar menos o dedo e julgar cada vez menos as pessoas independente do que elas estão fazendo, pois não sou juiz para julgar ninguém e sou tão pecador quanto elas e talvez as minhas sombras sejam até MAIORES, então porque devo passar tanto tempo cuidando da vida de outras pessoas se já tenho a minha e a das pessoas que estão ao meu redor e me pedem ajuda?

Não sei o dia e nem a hora que as cortinas vão descer e estará escrito fim logo abaixo do meu nome, mas uma coisa eu vos digo aqui nesta dica terapêutica número 104 – Partirei com a certeza que todos os dias vivo de maneira divertida e mesmo nos dias que esqueço deste princípio, no dia seguinte sorrio mais alto e atraio os melhores acontecimentos para a minha vida! Posso não acreditar na felicidade absoluta, aquela que dura 24 horas. Porém estou alinhado com os momentos felizes e quero cada vez mais ser feliz e colecionar momentos como este, seja atendendo, escrevendo, fazendo uma live, brincando com os meus filhos, rindo com um amigo ou tendo saudades de um amor.

Não sei mesmo o que você fará depois de ler esta dica! Não se continuará fazendo o mesmo filme, se mudará o roteiro, se abrirá os olhos ou “se” precisará de silêncio, mas deixo-vos com uma pergunta:

Qual o roteiro que tem escrito (atualmente) em sua vida?
Um romance? Uma Comédia? Um dramalhão mexicano? O que tem feito da sua vida? Um suspense, um filme de terror?

Por favor! Acorda pra vida! No final deste filme você MORRE!