Às vezes ajudar é não ajudar – 217/365

Este é um tema um pouco polêmico que trouxe para as minhas páginas, eventos e sempre há alguém que discorda e é isso mesmo. As pessoas não precisam concordar comigo em tudo, porém cada vez mais observo que ajudar às vezes é não ajudar, pois há algumas “ajudas” que nos levam verdadeiramente a contribuir com a (não) evolução da outra pessoa.

Quando ajudamos, nos empenhamos para que a outra pessoa tenha um certo tipo de resultado, podemos (se não formos cuidadosos) estar interferindo no processo daquela pessoa. Tenho inúmeros casos em que percebi que tudo o que eu estava fazendo era interferindo no processo ou no progresso daquela pessoa!

Às vezes vejo as atitudes do meu irmão ou as da minha filha que mora comigo e tenho imensa vontade de entrar e fazer algo, mas inúmeras vezes fiz, expliquei, falei, tive papos calmos e tranquilos ou agitados e stressados e em todos os casos não tive sucesso, pois eles precisavam mesmo viver aquele momento, construir o seu aprendizado e somente assim eles vão ganhar experiência.

Eu sempre que posso contribuo para somar no aprendizado das pessoas e adoro imensamente esta palavra (contribuição), pois contribuir não é pegar pelas mãos e ir fazer, é apenas colocar à disposição alguns recursos que podem ou não ser bem utilizados e isso tem mais a ver com a pessoa que o recebe do que com a pessoa que o disponibiliza, compreende?

Observe na sua vida os dois lados desta moeda! Se você não está sendo muito ajudado e está sempre esperando que outras pessoas façam e resolvam as suas questões e por mais que elas tenham boa vontade, se estas pessoas não estão lhe prejudicando no seu processo de evolução ou se não é você que está fazendo muito pelos outros e está fazendo o papel de que trava a evolução daquela pessoa.

Parece complexo, mas não tem nada de complexo em fazermos uma análise mais minuciosa sobre nossas ações! Aliás, garanto que na maioria das vezes chega até a ser libertador. Pode ser que algumas reflexões o levem para respostas menos agradáveis, mas eu não sei você, mas eu prefiro uma realidade dura do que uma mentira agradável e doce.

Então, neste momento desejo uma boa reflexão.