09 – Construção de metas

Metas e Estruturas para 2019
Eric Pereira|Metas|2019|Estratégias

Hoje quero abordar a objetividade e a clareza, para que as suas metas ganhem maior poder.
Indo já para o nono dia sobre este assunto, acredito que você já sabe que desejar comprar um carro, uma casa, fazer uma viagem, não é meta, certo? Isso é apenas um desenho, um sonho, porém, quando colocamos uma data, quando traçamos um plano para que aquele sonho se materialize, aí sim podemos dizer que temos uma meta.

Eu tenho milhares de sonhos e nem sei se todos vão se realizar, principalmente porque a maioria nem entrou “ainda” no meu mapa de realização, ainda não se tornaram realmente metas e acredito que a maioria vão se tornar e outras não.

O processo começa a acontecer naquele momento em que você deixar de querer um carro e escolhe uma marca, um modelo, a cor, no momento que começa a visualizar a cor dos bancos. Querer perder peso é um sonho, agora querer eliminar 30 kilos já é mais mensurável, preciso é na sequência construir estrutura para que isso aconteça, aí entra a nutricionista, o personal, o ginásio, as datas e quanto quero eliminar por semana, mês, semestre e por aí vai.

O Pai da administração moderna, Peter Drucker, construiu um método que é usado por muitos especialistas, o famoso método “SMART” e claro que existem outras milhares pelo mundo, mas irei abordar esta hoje e outras ao longo do mês, então perceba como funciona este método que particularmente eu gosto muito.

SMART
Específicas (Specifics)
Mensuráveis (Measurable)
Realizáveis (Achievable)
Relevantes (Relevants)
Com prazo definido (Timed)

Specific: uma meta precisa ser específica, algo que seja facilmente entendida por outra pessoa, logo, também facilita nossa própria compreensão e foco. Por exemplo, o que significa quando você diz que quer ser mais saudável? Quer dizer que você não vai mais comer gorduras ou açúcar? Quer dizer que você quer começar a fazer exercícios? Quais exercícios? Querer ser mais saudável não é uma meta específica. Ao contrário de você dizer, “quero correr a maratona de Lisboa”. Aqui você especificou exatamente aonde chegar.

Mas como saber que você alcançou o seu objetivo ou que você está fazendo progresso? Aqui entra o M do SMART. O M é Measure, ou seja, como você irá medir, mensurar, se o objetivo foi ou não alcançado. Isso é muito importante (principalmente se você for avaliar de maneira objetiva o desempenho de outra pessoa). Cuide bem do M e cuidado para não se enganar, “manipulando os resultados”, isso não vai lhe ajudar em nada.
Mas será que o objetivo pode ser alcançado? Não adianta nada definir um objetivo lindo, como “conseguir a paz mundial”, se isso não pode ser alcançado com seus recursos e habilidades. Avalie se o objetivo pode ser alcançado.
Esta avaliação mais minuciosa nos ajuda lá na frente a não nos tornarmos colecionadores de momentos ruins, de frustrações, entende?
É aqui que avaliamos se o objetivo é A, ou Achieavable. “A” está perto do “R” no SMART e não é por acaso. O objetivo precisa ser realístico e ser relevante ao contexto que você está relacionando o objetivo. Você precisa acreditar que tal objetivo possa ser alcançado.

Ele precisa ser importante para você se sentir motivado em trabalhar por ele. Assim chegamos ao T, ou seja, Time-based, o objetivo precisa ter um prazo para ser alcançado. Eu gostaria muito de correr a maratona de Lisboa, mas não sei quando. Se isso passar a ser um objetivo para mim, preciso colocar em que ano quero correr essa corrida.
Além do mais, posso definir pontos de verificação, como por exemplo, daqui a dois meses quero conseguir correr 10 km sem ficar ofegante, daqui a quatro meses quero fazer 10 km em 20 minutos, e assim por diante.
Espero que tenha gostado da dica de hoje e amanhã tem mais!